FESPA em Portugal: imaginar um mundo sem impressão é impossível

A conferência Apigraf deste ano se concentrou na sustentabilidade e destacou a importância da impressão além dos livros.
Após os eventos comemorativos dos 170 anos da reunião anual da Apigraf (Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e de Papel) do ano passado, a sustentabilidade esteve em destaque na conferência deste ano. O encontro teve lugar na bela paisagem natural dos Açores.
Os palestrantes abordaram a economia do setor e os impactos ambientais, destacando o papel vital da impressão na vida cotidiana. Apesar de alguns desafios, o setor de impressão em Portugal, em particular o de embalagens, apresenta crescimento, com otimismo para o futuro.
“Acho que foi um lugar muito adequado para as pessoas entenderem o que queremos dizer com sustentabilidade e conseguirem imaginar um mundo melhor”, diz o diretor da Apigraf, Paulo Dourado.
Essas ilhas não são tão turísticas quanto alguns lugares semelhantes, então o ambiente natural é bem menos explorado. Por exemplo, enquanto estávamos lá, tivemos a oportunidade de observar baleias nadando. Então, é um lugar único e muito agradável de se visitar.
Os cenários impressionantes foram acompanhados por uma variedade igualmente fascinante de eventos e apresentações.
“Tivemos um dia inteiro de reuniões, com apresentações de um membro sênior de uma das maiores empresas de mídia de Portugal – o Grupo Impresa –, que detém a SIC e alguns jornais. Graeme Richardson-Locke, Chefe de Associações e Líder Técnico da FESPA, fez uma apresentação [foto acima]. Também tivemos apresentações de uma multinacional portuguesa de software, e a Canon também participou”, disse Paulo.
Todos os palestrantes discutiram diferentes aspectos do que está acontecendo na área da sustentabilidade. A conferência teve um foco especial na sustentabilidade e na situação econômica da indústria gráfica, e acho que foi muito bem recebida por todos os presentes.
Espalhando a mensagem
Certamente, o feedback dos presentes foi muito positivo.
“A Apigraf representa cerca de 350 empresas, que representam cerca de 80% da receita de todo o mercado de impressão em Portugal, e este encontro anual é um evento que os nossos membros sempre aguardam com expectativa e valorizam muito”, afirma Paulo.
Acredito que um dos aspectos-chave desse tipo de evento é o networking, não apenas os seminários da conferência. É uma oportunidade para as pessoas se reunirem, conversarem, jantarem juntas e discutirem os problemas do setor e possíveis soluções. Portanto, o networking e a programação social dos eventos são provavelmente a parte mais importante deste evento.
Embora a conferência tenha promovido o diálogo interno, outra parte do evento deste ano envolveu as medidas que a Apigraf está tomando para espalhar a mensagem da importância da impressão para o público em geral.
Em outra ilha dos Açores, tivemos uma versão de uma exposição itinerante que estamos realizando, que mostra como a indústria gráfica não se limita a livros e revistas, mas também a roupas, sinalização, etiquetagem, embalagens e como seria o mundo sem a indústria gráfica. Temos exemplos de caixas sem impressão, ou produtos sem etiquetas, para que o público possa imaginar como seria a vida sem impressão.
Tempos interessantes
Apesar da recente volatilidade global liderada pelos EUA, em termos gerais, a situação é amplamente positiva para a imprensa em Portugal. Na conferência, a Apigraf apresentou os números do seu mais recente estudo económico, abrangendo o período até maio de 2023.
“No período pós-Covid, os números mostraram que a indústria gráfica em Portugal está crescendo em embalagens e rótulos, embora as gráficas tradicionais ainda estejam lutando para se encontrar. Mas a situação está surpreendentemente estável”, disse Paulo.
Após 2021, vimos uma tendência de empresas – grandes e pequenas – que já enfrentavam problemas de fluxo de caixa, que tiveram que sair do mercado. Mas o mercado se recuperou bastante bem. Eventos, especialmente os presenciais, se recuperaram bem e áreas como pontos de venda, por exemplo, também reagiram bem.
“A embalagem ressurgiu como um grande mercado em Portugal, pois nossos principais setores incluem calçados, têxteis e, claro, vinhos. À medida que esses setores prosperam, a impressão associada a eles também se beneficia.”
Nas indústrias gráficas históricas, como jornais, revistas ou folhetos, a quantidade produzida diminuiu, mas também diminuiu o número de empresas que atuam nessas áreas. Isso, disse Paulo, significa que as que sobreviveram estão agora em condições razoáveis.
“Até os livros são um mercado bastante extraordinário. As pessoas têm dito que, com o Kindle e as mídias digitais, os livros impressos serão coisa do passado. Mas, na verdade, graças a plataformas como o TikTok e às novas gerações falando sobre livros online, o mercado de livros impressos está crescendo”, disse Paulo.
Portanto, não esperávamos bons números, mas as coisas parecem melhores do que o esperado. É claro que nada disso leva em conta os eventos disruptivos vindos dos EUA – não sabemos como isso vai se desenrolar, mas estamos torcendo pelo melhor. Assim como no resto da Europa, as gráficas portuguesas continuam inovando e encontrando novas maneiras de vender produtos impressos, então temos boas expectativas para o futuro.
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